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TERECÔ (TAMBOR DA MATA)

O Terecô é um culto afro brasileiro que junto com o Tambor de Mina, tem suas raízes africanas do povo Bantu e suas raízes brasileiras do Maranhão, o nome Terecô significa na linguagem Bantu celebrar ou comemorar com os tambores. O culto se criou pela mistura de Africanos que chegaram ao Maranhão e, no município de Codó, eles fugiram das fazendas que trabalhavam como escravos e fundaram um quilombo, conhecido como Quilombo Santo Antônio dos Pretos. Nessa comunidade, dentro das matas criou-se o Terecô e de boca em boca aquele ritual foi se consolidando. Antigos zeladores da religião contam que nas matas onde se girava o Terecô, só se entrava quem os espíritos encantados deixavam, era algo fechado e, como religião afro-brasileira ameríndia, incorporou-se elementos indígenas e católicos junto com os elementos de nação. Atualmente a religião tem uma forte influência católica em suas datas e sincretismos, tendo imagens de Santos, Orixás, Voduns, Encantados, Caboclos e Boiadeiros nas casas on

BATUQUE GAÚCHO

Esse culto de nação tem suas origens vindas do continente africano, e assim como praticamente todos os outros cultos afro-brasileiros se há o cruzamento entre nações africanas e esse sincretismo. O Batuque Gaúcho nasce no Rio Grande do Sul, com os negros que estavam ali naquela região e atualmente pode se ter algumas diferenças de um terreiro para o outro, devido aos sincretismos das próprias religiões da África. Não se sabe a data do primeiro terreiro de Batuque Gaúcho. A religião nesse trabalho segue uma linha parecida com o Candomblé, tendo em seu culto as divindades Orixás, Voduns ou Nkisi. As entidades espirituais aqui pintadas não pertencem a essa cultura, mas com a grande mistura dos rituais afro-brasileiros, algumas casas de Batuque Gaúcho tocam separado para as entidades aqui citadas a frente. Seus ritos seguem com a tradição de servir os Orixás, cantar para eles, dançar com eles e se comunicar com eles, trazendo uma ancestralidade da terra e do espirito. O que vejo como algo

Ângulos de um Terreiro (imagens)

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Ângulos de um Terreiro

Ângulos de um Terreiro foi o meu primeiro trabalho de pintura, no curso de Artes Visuais, Universidade Federal de Uberlândia – UFU - com o Professor Rodrigo Freitas. São três pinturas fotográficas de acrílica sobre tela, de um terreiro de umbanda em Uberlândia - MG, com o objetivo de mostrar por diferentes visões as paredes e objetos que se encontram no local ritualismo do terreiro. Esse trabalho começou a ser feito com o intuito de mostrar maneiras diferentes de se ver as religiões nascidas no nosso país, saindo um pouco da parte espiritual e mostrando a parte “material” e “terrena”. Foi um dos trabalhos que gostei bastante, principalmente da forma que o Professor trabalhou comigo para a execução desse pequeno projeto e com essas três telas dei início a uma sequência de trabalhos carregando o tema macumba de alguma forma. Era segunda feira a noite quando fomos para o terreiro da “Dona Dalva”, o mesmo terreiro que cito no começo desse capitulo. Estávamos eu e mais uma colega do curso d

Rito

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O trabalho foi feito a partir da fumaça do fogo em velas no papel, fazendo com que desenhos surgissem de forma natural e mesmo tentando controlar as marcas deixadas pelo fogo, a fumaça ainda tinha a sua liberdade sobre a matéria usada. A fumaça utilizada como matéria criava as manchas no papel. As características pictóricas da fumaça sucederam na organicidade dos grafismos, os quais podem ser associados figurativamente tanto a órgãos, quanto a explosões. O fogo - elemento muito utilizado em rituais sagrados - tem papel crucial na motivação criativa, visto que esse é símbolo de expansão, calor, luta e dominação, ao mesmo tempo que simboliza elevação espiritual e purificação. Para além disso, a obra denota as relações pessoais e como lidamos com as mesmas: de forma impulsiva, explosiva e fora de controle. O intuito da série é traçar um paralelo entre a obra e tais pulsões sexuais, afetivas, emotivas capazes de nos imbuir à sentimentos e emoções ambíguas. Em meio a essas relações, ateamos

A pele que me Queima (IMAGENS)

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